O novo modelo de pedágio para rodovias paranaenses proposto pelo Ministério da Infraestrutura é inaceitável, conforme a avaliação de Valter Pitol, presidente da Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), formada por 6,2 mil cooperados e mais de 11,2 mil colaboradores – só em 2020 ela arcou com R$ 227 milhões em impostos: dinheiro automaticamente revertido em melhorias em infraestrutura, construções e serviços aos moradores do oeste do Estado.
As atuais concessões do Anel de Integração terminam em novembro. A nova metodologia proposta inclui outorga por parte da empresa interessada em arrematar o leilão na Bolsa de Valores, e a menor tarifa proposta. Audiências públicas são realizadas em todo o estado afim de consultar os paranaenses sobre o processo.
Pitol defende que a menor tarifa é o critério mais justo ao certame. “A proposta atual não atende nossos anseios. Os valores são altos. Tivemos 24 anos de uma tarifa alta é considero incoerente continuarmos dessa forma. Não queremos ser explorados como fomos – precisamos de um valor justo. Defendo a menor tarifa, sem outorga, com todos os investimentos necessários”, afirma o presidente da Copacol.
Por meio da mobilização de entidades, entre elas a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), a promessa é de muitas discussões com os governos estadual e federal para que o processo seja alterado, atendendo aos anseios de todos os paranaenses.
ESTUDO
O projeto elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística, vinculada ao Ministério da Infraestrutura, estabeleceu ao Paraná investimentos de R$ 42 bilhões, que devem ser executados já no início do contrato. Em até sete anos, estão previstos 1,7 mil quilômetros de duplicações, 253 quilômetros de faixas adicionais nas vias que já são duplicadas, 104 quilômetros de terceiras faixas e dez contornos rodoviários