Com apenas três requerimentos na Pauta da Ordem do Dia, a sessão da Câmara de Goioerê, realizada na noite de segunda-feira, 15, era para ser uma sessão rápida e das mais tranquilas. No entanto, um assunto que não estava em pauta, e que veio à tona pelo próprio vereador Marcio Lacerda, acabou sendo alvo dos pronunciamentos da maioria dos vereadores que sugeriram uma CEI para investigar a polêmica dos atestados médicos do vereador Márcio Lacerda.
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Ao falar que a denúncia sobre o vazamento dos atestados médicos, publicado pelo site de notícias de Umuarama, estava na Justiça, o vereador Marcio Lacerda acabou motivando os demais vereadores a se pronunciarem a respeito.
O vereador Patrik Peloi, sugeriu a abertura da uma CEI para esclarecer os fatos, enfatizando que era a segunda vez que denúncia de atestado do vereador chegava a Câmara. “É preciso saber se a questão do atestado é verdadeiro. Se é legal morar em um bairro e pegar atestado em outro bairro. Quem vazou os dados?” – indagou o vereador, salientando que é importante ter essas respostas.
Já o vereador Fabiano Barbosa foi mais enfático em sua posição. “Se tem alguma coisa de irregular, que se investigue”.
Da mesma opinião foi o vereador Fabio Plaza. “Acredito que temos que investigar a origem do vazamento destes atestados, mas também devemos averiguar se existem atestados fakes colocado no meio, com o intuito de denegrir a imagem do vereador” – disse afirmando que até agora só se falou do vazamento e não se falou da veracidade destes atestados. “Como presidente da Comissão de Legislação e Justiça dessa Casa, respaldado pelo Regimento Interno, acredito que o Poder Legislativo não pode ser omisso” – ressaltou em seu pronunciamento.
O vereador Helton Maia cobrou do presidente Herley Kleber Paraiba a formação do Conselho de Ética, que regulamenta a conduta do vereador na sua vida pública. Helton disse que o volume de atestados chamou a sua atenção, e lembrou da denúncia feita pelo Ministério Público, de falsidade ideológica.
Por fim, o presidente da Câmara, Herley kleber Paraiba, ao se pronunciar sobre o assunto, disse que “fui instigado a abrir o processo investigatório” e disse que se o vereador “acha que está sendo perseguido, as coisas têm que ficar as claras” – afirmou.
A Tribuna apurou que ainda não está definido se realmente a Câmara instalará a CEI. No decorrer da semana os vereadores deverão se reunir para discutir o assunto mais a fundo antes de tomar essa decisão.