Um policial civil do Distrito Federal foi flagrado atirando contra uma caminhonete após uma briga de trânsito dentro de um condomínio de alto padrão em Araguaína, no norte do Tocantins. O caso foi registrado pela Polícia Militar como tentativa de homicídio, mas a Polícia Civil disse que ele vai responder por lesão corporal e dano. (Veja a nota abaixo)
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que o policial vai em direção à caminhonete, onde estava um casal. Ele atira no pneu do carro e depois faz outro disparo contra o vidro do motorista.
O g1 pediu posicionamento sobre o caso para a Polícia Civil do Distrito Federal, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. O nome do policial não foi divulgado. Segundo a Secretraria de Segurança Pública (SSP), não havia elementos para prisão em flagrante e ele responderá ao inquérito em liberdade. (Veja a nota completa abaixo)
O caso foi registrado na tarde desta segunda-feira (19) dentro do condomínio Jardim Siena, em Araguaína. A Polícia Militar informou que foi chamada ao local após disparos de arma de fogo.
A vítima, um homem de 42 anos, relatou que entrou no condomínio junto com a esposa de 39 anos. Eles estavam trafegando a 30 km/h, que é a velocidade máxima permitida.
Durante o trajeto até sua casa, eles foram surpreendidos pelo policial civil tentando ultrapassar. Conforme o relato, como não conseguiu fazer a manobra, o policial começou a buzinar.
A vítima também teria buzinado em resposta. Depois disso, o policial começou a seguir o carro das vítimas, até conseguir atravessar na frente e fechar a passagem. Nas imagens, registradas por um dos moradores do condomínio, ele aparece fazendo dois disparos.
O homem de 42 anos que dirigia a caminhonete sofreu alguns ferimentos no braço direito devido aos estilhaços do vidro quebrado. Ele foi atendido pelo Samu e a Polícia Científica fez a perícia no local.
A Polícia Militar informou que fez buscas, mas só conseguiu localizar o policial civil suspeito quando ele retornou ao condomínio momentos depois.
Segundo a PM, o policial disse que tinha ido até a delegacia, porém não mostrou nenhum documento comprovando o relato. Por isso, foi levado novamente à delegacia, junto com a vítima e uma testemunha.
Ainda conforme o relatório da PM, o delegado confirmou que o suspeito tinha se apresentado espontaneamente momentos antes e o caso tinha sido registrado apenas como crime de dano. A arma usada nos disparos foi entregue pelo suspeito à Polícia Civil.
O que diz a Secretaria de Segurança Pública. A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que o caso foi registrado na 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína, logo após a ocorrência dos fatos.
O delegado plantonista, depois de tomar conhecimento do caso e colher as provas e elementos de informação disponíveis no momento, entendeu que não havia condições legais de determinar a lavratura do auto de prisão em flagrante. Assim, após os procedimentos de praxe, o suposto autor foi liberado em seguida e responderá ao inquérito em liberdade.
Por fim, o caso foi encaminhado para a 28ª Delegacia de Polícia de Araguaína, que dará prosseguimento às investigações.
Secretaria da Segurança Pública do Tocantins.
Fonte: g1.globo.com