Os dois protagonistas de uma briga em um supermercado em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba) estão com destinos diferentes. A briga entre eles, por causa do uso de máscara para prevenir do coronavírus, resultou na morte de uma mulher. Os dois foram presos em flagrante. O segurança William Soares pagou fiança de R$ 10 mil para deixar a cadeia, segundo o advogado dele. E deixou a prisão por volta das 19 horas. Já o cliente que se recusou a usar máscara, o empresário Danir Garbossa, está ainda preso. E pode ficar preso por um bom tempo, no que depender do Ministério Público (MP).
Nesta quinta-feira, o promotor Josilmar de Souza Oliveira requereu a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva do empresário. Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Tiago Wladyka, Garbossa é suspeito de duas lesões corporais, infração de normas do poder público, injúria e perturbação do trabalho alheio. Dependendo do resultado das investigações, ainda pode ser considerado culpado por homicídio culposo.
O advogado do empresário pediu que Garbossa responda pelos crimes em liberdade. No pedido feito à Justiça, a defesa afirma que ele corre risco por causa da pandemia do coronavírus.
O segurança, por sua vez, foi preso suspeito de homicídio culposo. Era dele a arma que disparou e matou uma funcionária do supermercado, Sandra Ribeiro. O disparo ocorreu enquanto Soares brigava com Garbossa.