“Não vamos deixar nenhum caso de agressão passar em branco. Vamos representar contra todos. Essa foi a determinação que dei para os diretores”. Foi o desabafo do chefe do Núcleo Regional de Educação, Ademir Santana ao comentar sobre o quinto caso de violência registrado somente neste início de ano em cinco escolas da rede estadual de Goioerê. Um deles tinha como motivação o tráfico de drogas.
Desta vez o caso registrado ocorreu no colégio Duque de Caxias, e envolveu duas mães de alunas que estavam se atritando e ameaçando brigar após o término da aula.
Diante do fato a direção do Colégio decidiu chamar as mães. Ao chegar no Colégio, se dirigiram até a sala da diretora, quando em determinado momento as mães iniciaram uma discussão com ofensas e agressões. Prontamente as alunas ao verem a confusão também começaram a brigar na sala da diretora.
A diretora e uma professora, ao tentar afastar as mães e as alunas que estavam brigando, acabaram sendo agredidas, resultando em lesões corporais e danos ao patrimônio público.
O caso foi parar na Delegacia onde a diretora fez a representação. Este foi o segundo caso que o Colégio. Em fevereiro alunos picharam o muro da escola com palavras ofensivas e de ameaça à diretora e a um professor.
Para o chefe do NRE, Ademir Santana, o que aconteceu no Colégio foi um ato de intolerância, falta de respeito e a mãe perdeu a oportunidade de educar as filhas mostrando que problemas não se resolvem com brigas, e acabaram dando um péssimo exemplo, fomentando a violência.
CASOS ANTERIORES
Além destes casos, enfrentaram problemas este ano o Colégio Ribeiro de Campos, também agressão envolvendo alunos; A Escola da Vila Guaira, envolvendo desacato e agressão a professores e funcionários. Na Escola Estadual do Jardim Universitário, onde um pai de uma aluna foi tomar satisfação com a diretora, de um fato ocorrido com a filha e um grupo de alunos fora do horário de aula e da escola, e acabou a agredindo verbalmente.
DROGAS. O caso mais grave foi no Ceebja Maria Antonieta, onde um grupo de alunos vinha causando problemas no colégio. O NRE solicitou a presença do soldado Silva, da Patrulha Escolar, no colégio, e em uma dessas visitas, acabou sendo agredido verbalmente por um aluno, cuja situação só se conteve com presença da Polícia Militar.
Este caso resultou numa ação mais forte do Núcleo Regional de Educação, da Patrulha Escolar e da Polícia Militar no colégio, com rondas e visitas constantes. Numa dessas visitas, o soldado Silva presenciou uma briga entre dois alunos que foi parar na Delegacia. Um dos alunos acabou confessando que a briga aconteceu porque o aluno, ao avistar os policiais, jogou a droga que o outro colega havia entregue para ele.
REUNIÃO NA PRÓXIMA SEMANA
O chefe do NRE, Ademir Santana afirma que o Núcleo vem agindo com rigor juntamente com juntamente com a Patrulha Escolar e a Polícia Militar, e para dar um maior suporte aos diretores e coordenadores, na próxima semana uma importante reunião acontecerá com contará com a presença do Promotor Marcos Stamm e do Conselho Tutelar.
Segundo Ademir, o promotor irá mostrar a diferença entre indisciplina e ato infracional, a importância do professor e diretor fazer a representação do ato infracional e das ações que a Rede (NRE/Conselho Tutelar/Promotoria/Policia Militar e Patrulha Escolar) pode realizar para combater o alto índice de violência nas escolas.