Michele Penteado Rodrigues, 39 anos, foi presa na madrugada deste sábado (18), na 31ª Delegacia Regional de Porecatu. De acordo com as informações da Polícia Civil, ela é suspeita de provocar, por omissão, o óbito do pequeno Wyllan Henrique Penteado Rodrigues, de apenas 1 ano e 7 meses, encontrado morto na tarde de sexta-feira, 17, dentro da residência da avó.
Na casa onde Michele morava com o neto foi encontrada uma grande quantidade de lixo espalhado pela casa, restos de alimentos em estado de decomposição e presença de larvas, roupas e louça sujas, remédios e bebidas por toda a casa. No quarto em que a criança foi encontrada, havia restos de alimentos também com larvas ao lado do berço do menino. A residência, de classe média alta, era um ambiente insalubre e inadequado para uma criança.
O pequeno Wyllan apresentava um quadro de virose. De acordo com a Polícia, provavelmente causada pela falta de higiene. A acusação é que a omissão da avó nos cuidados básicos com o neto provocou seu óbito.
Michele é bioquímica e farmacêutica. Quando interrogada pela Polícia Civil, ela relatou que o menino havia dormido limpo na quinta-feira, 16, por volta das 22h30 e que na sexta-feira, 17, quando ela acordou, por volta das 15h, viu que a criança não se mexia. Por quase 18 horas, a avó não teve nenhum contato nem cuidado com o bebê.
O relatório policial revela que o corpo do menino já estava em estado de putrefação e ele estava muito sujo, o que indica que o pequeno Wyllan não recebia nem os cuidados básicos de higiene. Ainda segundo a polícia, o bisavô do menino havia levado medicamentos para tratar a virose, mas apenas um deles foi encontrado aberto. Os outros permaneciam lacrados.
De acordo com a Polícia, as provas indicam que Michele permaneceu no imóvel por vários dias após a morte da criança, sem comunicar a família ou autoridades. Ela foi autuada por homicídio qualificado, ou seja, por causar a morte de Wyllan por meio cruel e sem possibilidade de defesa da criança.
A avó, que deveria garantir os cuidados básicos com o bebê, incluindo higiene, educação e, sobretudo, alimentação, sequer prestou assistência ao menino doente. Quando viu que ele poderia estar morto, não acionou equipes médicas para tentar salvar a vida do neto. (fotos Tarobanews)