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Notícias / Polícia Envolvidos na morte e ocultação dos cadáveres de Kawany e Rubens serão levados a julgamento nesta sexta, 16

quinta-feira, 15 setembro de 2022.

Kawany e Rubens foram atraídos para uma emboscada no dia em que desapareceram e mortos

Os assassinos do casal foram denunciados e qualificados por ocultação de cadáveres

Cercado de muita expectativa o julgamento dos envolvidos no caso Kawany e Rubens Biguetti.  O Tribunal do Júri da Comarca de Goioerê se reúne nesta sexta-feira, 16, quando estarão sentados no banco dos réus Alessandro Benati de Souza (“Mohamed”) 24 anos, e Suziane Ferreira dos Santos, 23 anos que juntamente com Mauro José Cavalcante Sobrinho (“Ceará”), que morreu no dia 6 de meio de 2021 na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste, são acusados pela morte de Kawany e Rubens Biguetti e ocultação dos cadáveres do casal.

 

Suziane foi a mentora intelectual que levou a morte de Kawany e Rubens Biguetti

Alessandro “Mohamed” participou diretamente do crime e da ocultação dos cadáveres

Mauro “Ceará” (morto) era dito como mais violento do grupo e tinha relacionamento com a mãe de Suziane

CASO EMBLEMÁTICO. Suziane, “Mohamed” e Ceará, este último não será julgado por ter morrido de ataque cardíaco na prisão em meados do ano passado. Os três são apontados como principais envolvidos com a morte e o desaparecimento do casal Kawany Cleve e Rubens Biguetti. O casal desapareceu no início da noite do dia 3 de agosto de 2020.

O primeiro sinal do desaparecimento do casal se deu por volta das 21:00 horas quando o filho de Kawany e Rubens foi abandonado defronte a uma residência na Avenida Norte do Paraná nas imediações do Posto de Saúde da Vila Nossa Senhora das Candeias.

O Honda Civic de Kawany foi encontrado queimado no Bairro Rural da Jamaica no interior de Moreira Sales

Na manhã seguinte do dia 4, o carro de propriedade da Kawany, um Honda Civic placas EDZ-5988, que era utilizado pelo casal quando desapareceu e foi localizado queimado bairro rural da Jamaica no município de Moreira Sales.

INTENSAS INVESTIGAÇÕES. Desde as primeiras horas do desaparecimento de Kawany e Rubens, e após o filho do casal haver sido abandonado na fuga pelos envolvidos, a própria polícia acreditava que dificilmente o casal seria encontrado com vida.

 

A busca se estendeu por toda a região, até o Rio Piquiri

Tanto o delegado, na época, o Dr. Hélio Nunes, com sua longa experiência na área policial, acreditava que o desaparecimento do casal estaria envolvido com tráfico de drogas. Na época, o Dr Helio afirmou que: “traficante não mata e nem leva criança quando o assunto envolve violência (no caso mortes)”.

Desde o início das investigações o Delegado Dr Hélio Nunes acreditava que o crime estaria relacionado a drogas e a vingança

BUSCA INCESSANTE. A busca pelo casal (vivo ou morto) demandou intensas e infrutíferas investigações. Além da equipe da Delegacia e da Polícia Militar de Goioerê e Umuarama, as buscas contaram com apoio da equipe do Grupo Tigre da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, de Curitiba, utilizando helicóptero. Além da própria família que trabalhou intensamente nas buscas por conta própria.

No entanto, nenhuma pista do casal até o dia de hoje, passados mais de 2 anos.

O grupo Tigre usou o grupamento aéreo utilizou helicóptero nas buscas pelo casal; na foto a operação realizada em Moreira Sales

 

PRISÕES. Durante as buscas pelos corpos do casal que foi dada como certa que teriam sido mortos covardemente, a polícia aos pouco foi levantando informações dos possíveis envolvidos com o duplo homicídio.

E aquilo que o delegado Dr. Hélio Nunes apontava para o envolvimento com drogas acabou se confirmando.

O quebra cabeça começou a ser desmontado com a prisão de Suziane Ferreira dos Santos, vizinha de Kawany. Ambas residiam na Avenida Tiradentes, nos altos da Vila Guaíra. As duas: Suziane e Kawany se envolveram em uma desavença que culminou numa forte rixa entre ambas.

A enfermeira Léia, mãe de Kawany até hoje vive um verdadeiro pesadelo com a trágica morte e o desaparecimento da filha

MOTIVAÇÃO. Kawany teria delatado Suziane para a Polícia como envolvida com tráfico de drogas. Na época, o convivente de Suziane (“Jhoninho”) foi preso, e pouco tempo depois foi a vez de Suziane ser presa acusada de ser comandante do desaparecimento do casal. Até hoje Suziane está presa na cadeia de Goioerê.

Envolvidos

Alessandro “Mohamed” quando era preso na cidade de Umuarama em setembro de 2020 Foto: Obemdito

Apontada como mandante da trama diabólica Suziane foi a primeira a ser presa

“Ceará” era o mais perigoso do grupo; tinha relacionamento com a mãe de Suziane apontada como mentora do crime; na foto quando foi preso em Umuarama em setembro de 2020 Foto Obemdito

E no decorrer das investigações a polícia fechou o inquérito que foi enviado ao Ministério Público apontando como envolvidos no crime os seguintes elementos:

– Alessandro “Mohamed” Benati de Souza Junior, 24 anos, residente no Jardim Bela Vista em Goioerê

– Suziane Ferreira dos Santos, 23 anos, residente na Avenida Tiradentes, 1554, na Vila Guaira em Goioerê.

– Mauro José Cavalcante Sobrinho (“Ceará”), 56 anos, residente na Rua Beija Flor, no Conjunto Águas Claras, em Goioerê.

– Lucas Vinicius R. da Silva Pimenta.

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O delegado Adailton Ribeiro Junior foi o segundo delegado a cuidar das investigações do caso que contou com o importante trabalho da equipe da Delegacia de Polícia Civil de Goioerê

De acordo com o Ministério Público da Comarca de Goioerê, o crime foi praticado com motivação torpe, porquanto os denunciados presumiam que as vítimas Kawany Grejanin Cleve Machado e Rubens Aparecido Bigueti Junior haviam delatado o tráfico de drogas exercido no endereço da denunciada, ou seja, na Avenida Tiradentes 1554, vizinha de Kawany.

O Promotor Guilherme desenvolveu importante trabalho no processo que envolveu a morte do casal

Perícia de celular apontou acusados

No curso das investigações, apurou-se que no dia 9 de julho de 2020, ou seja, dias antes do homicídio das vítimas, houve a prisão em flagrante de Jonata Cavalcante dos Santos, companheiro da denunciada Suziane, em razão da prática dos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, após a realização de busca e apreensão na residência da denunciada Suziane com a finalidade de apurar o crime de tráfico de drogas praticado pelo casal Jonata e Suziane vizinhos de Kawany.

Dos diálogos contidos no celular da denunciada Suziane, extrai-se que os denunciados Suziane Ferreira dos Santos, Alessandro Benatti de Souza, vulgo “Mohamed”, Mauro José Cavalvante Sobrinho, vulgo “Ceará”, suspeitando da delação das vítimas (Kawany e Rubens), tramaram e executaram suas mortes, conforme relatório de análise pericial de celular contido no pedido de prisão temporária de Suziane.

Inveja e Ódio

De acordo com a prova oral colhida, além da suspeita de que as vítimas tivessem denunciado o tráfico de drogas na residência de Suziane a Polícia Militar, a denunciada Suziane nutria sentimento de inveja e rivalidade com a vítima Kawany, da qual, inclusive, era amiga, conforme testemunhas que corroborou a percepção de que as vítimas Kawany e Rubens tivessem a entregado Suziane e Jonata à polícia.

Kawany e Suziane: eram amigas e se tornaram inimigas mortais

Frieza Total

Evidenciou-se que os denunciados valeram-se de recursos que dificultaram a defesa das vítimas, dado que as abordaram em superioridade numérica e enquanto dedicavam cuidados ao filho do casal com poucos meses de vida, reduzindo a possibilidade de reação a agressão ou mesmo o acionamento da polícia.

Ocultaram Cadáveres

Após a prática da conduta, nas mesmas condições de data e local, os denunciados Suziane Ferreira dos Santos, Alessandro Benatti de Souza Junior, vulgo “Mohamed”‘, Mauro José Cavalcante Sobrinho, vulgo “Ceará” e outros indivíduos ainda não identificados, com consciência e vontade, após ceifarem a vida das vítimas Kawany Grejanin Cleve Machado e Rubens Aparecido Bigueti Junior, ocultaram os cadáveres do referido casal os quais até a presente data ainda não foram localizados.

As buscas se estendeu até o Rio Piquiri

O Dr Christian Palharini Martins, juiz da Vara Criminal, vai presidir a sessão do julgamento dos acusados no bárbaro crime de Kawany e Rubens o júri acontece amanhã, 16 de setembro, sexta-feira

Suziane e Mohamed vão à Júri

Dos três denunciados como autores direto do crime e desaparecimento do casal Kawany e Rubens Biguetti, apenas Suziane, que está presa na cadeia de Goioerê, e Alessandro “Mohamed” atualmente recluso na Penitenciaria de Cruzeiro do Oeste serão levados a julgamento nesta sexta-feira, dia 16, uma vez que “Ceará” no dia 6 de maio de 2021 morreu de ataque cardíaco na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste.

Enfim de todos os supostos envolvidos com o duplo homicídio, apenas dois serão levado a julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Goioerê.

Um júri que está sendo aguardado com muita expectativa pela grande repercussão que o caso alcançou, não só em Goioerê, como em todo o Paraná.

 

Kawany tinha posses

O que chamou a atenção no caso envolvendo a jovem Kawany Cleve (23 anos) é que ela era uma jovem de posses pois herdou do pai juiz e do avô que era desembargador imóveis, entre ele fazenda na região de Umuarama além de receber uma polpuda pensão que chamava a atenção pois sempre ostentou ser uma jovem de posses. O pai de Kawany juiz de direito morreu em Curitiba vítima de um acidente doméstico.

No dia em que desapareceu, Kawany convidou a irmã para acompanha-la em uma cachoeira no Rio Piquiri

Kawany residia com Rúbens Biguetti no Jardim Colina Verde próximo à casa de sua mãe. No entanto, afirmando que gostava de morar em local mais agitado ela transferir residência para a Avenida Tiradentes nos altos da Vila Guaíra passando a residir vizinha de Suziane, cuja residência era apontada como ponto de drogas.

Residência invadida

As joias objetos roubados da casa de Kawany

Dias depois do desaparecimento do casal, a residência de Kawany, nos altos da Vila Guaíra, foi arrombada e revirada. Na oportunidade, a família de Kawany afirmou que muitas joias, perfumes e objetos de valor foram roubados.

A casa onde Kawany morava na Avenida Tiradentes nos altos da Vila Guaíra foi arrombada

Dias depois, os objetos foram encontrados na cidade de Tapejara. O furto foi praticado com uma pessoa que residia vizinha (nos fundos) da casa de Kawany, na Vila Guaíra.

VEJA A REPORTAGEM COM LÉIA  GREJANIN MÃE DE KAWANY – 02 de Outubro de 2020

Desaparecimento do casal Kawany/Rubens: mãe fala sobre a dor e pesadelo que está vivendo há 2 meses

 

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