Segmento é um dos mecanismos mais eficazes para alavancar a inclusão financeira no
país e levar desenvolvimento econômico às regiões mais remotas
O cooperativismo de crédito, segmento que já conta com mais de 12 milhões de adeptos no Brasil é um dos mecanismos mais eficazes para promover acesso aos serviços financeiros às pessoas em municípios menores, mais distantes e rurais do Brasil. A afirmação é resultado do estudo “Benefícios do Cooperativismo de Crédito: impacto sobre a bancarização”, que cruzou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco Central do Brasil, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do próprio Sicredi.
O trabalho foi conduzido pelo especialista em Microeconomia Aplicada e Desenvolvimento Econômico, Juliano Assunção, pesquisador do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). A pesquisa analisou dados de todos os municípios brasileiros, no período de 2007 a 2018, e traçou o perfil de atuação das instituições financeiras nos municípios. A partir da comparação da atuação de bancos e cooperativas de crédito no que tange a distância da capital e urbanização, foi revelado que as cooperativas de crédito têm a capacidade de prover serviços financeiros em regiões mais isoladas e rurais, quando comparadas aos bancos.
Entre as principais conclusões do estudo, está a relação de fatores limitantes para a abertura de uma agência de uma instituição financeira cooperativa em comparação a de um banco. Enquanto os bancos têm, em média, um limite mínimo de 8 mil habitantes para o estabelecimento de uma agência em um município, uma instituição financeira cooperativa como o Sicredi tem capacidade de abertura de agências em municípios a partir de 2,3 mil habitantes.
De acordo com o trabalho, existem hoje cerca de 1,9 mil cidades e nove milhões de pessoas somente no espaço de diferença entre o limite de entrada dos bancos em relação às instituições cooperativas, evidenciando a característica de bancarização das instituições financeiras cooperativas. Além disso, em termos de renda, foi apontado que as cooperativas conseguem operar em municípios com PIB de pelo menos R$ 79 milhões, enquanto para os bancos é necessário um PIB mínimo de R$ 112 milhões.
Sicredi na região
Diversos, municípios da região de Goioerê tem como único estabelecimento bancário o Sicredi que desenvolve trabalhos importante em favor da população das pequenas comunidades.
Na região de Goioerê os municípios de Quarto Centenário (cerca de 5 mil habitantes), Farol e Rancho Alegre do Oeste (cerca de 3 mil habitantes cada) conta com apenas o Sicredi como estabelecimento bancário oferecendo não apenas serviços bancários, mas também importantes projetos sociais como o projeto “A União Faz a Vida” voltado a atender crianças das escolas da redes municipais de Ensino voltado diretamente para as comunidades que tem o Sicredi como um grande parceiro.
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